domingo, 21 de outubro de 2012

* Cachaça, caldo de cana e asa delta



O passeio de hoje será uma trilha na zona canavieira da mata norte pernambucana.
Exatamente na cidade de Vicência, 87km da capital, onde abriga engenhos do século XVIII.
São 51 engenhos de açúcar, atualmente denominado engenho de fogo morte, por não moerem mais.

Visitaremos o Engenho Água Doce, o Engenho Poço Comprido, o Engenho Jundiá e a rapa de asa delta que se localiza no Pico do Jundiá.

Será um dia de cachaça, caldo de cana e vôo livre!!




Parada para tomar café da manhã no Acerolândia. Fica em Paudalho, Zona Rural de Pernambuco.
O puro suco da acerola!! 

É só observar que logo se nota que estamos na zona da mata. Área rural de cultivo de cana em Pernambuco.

Por toda a estrada se encontra bagaço de cana caídos dos caminhões.



Engenho Água Doce
Produz artesanalmente cachaça tipo exportação.
No dia da nossa visita o engenho não estava funcionando. De abril a setembro os engenhos ficam parados devido as plantações de cana. Mas devido a espera de uma peça do alambique que vem de Minas Gerais, só voltará a funcionar em meados do mês de outubro.
Mas mesmo assim, valeu demais a visita!!

Aprendi a diferença de cachaça artesanal e aguardente. Aqui é feita com a cana ainda crua, enquanto a aguardente é feita com a cana queimada, muito mais fácil de trabalhar.


Na preparação da cachaça, entre o corte da cana e a moagem, são 24 horas.
Visitamos todo o engenho e conhecemos a preparação da cachaça artesanal. Enquanto aqui se produz de 8.000 a 10.000 litros de cachaça por mês, numa industria se produz 20.000 litros de aguardente por hora!!





Na preparação da cachaça artesanal tem uma etapa bem interessante:

Aqui se separa a parte boa da cachaça.
• 1ª remessa, é a cachaça cabeça. Muito forte. (remessa descartada)
• 2ª remessa, é a cachaça coração, a melhor parte da cachaça (única remessa utilizada)
• 3ª remessa, é a cachaça caldo ou cachaça água fraca, é muito rala. (remessa descartada)
Na preparação da aguardente, não se separa estas cachaças, o caldo sai direto para a fermentação.


A Cachaça Água Doce é feita rigorosamente de forma artesanal, fabricada em alambiques de cobre e envelhecida em barris de carvalho.

Como são construídos os barris: numeram todas as ripas da madeira, encaixa uma a uma e colocam as braçadeiras. Enche o barril com água para a madeira poder inchar e ficar totalmente fechada.
Pode ser barril de carvalho, barril de umburana ou barril de frejó. A madeira é que dá gosto à cachaça.
O cheiro aqui é delicioso!!




Salão de degustação
 

Experimentar licor, cachaça e caldo de cana direto da fonte, não tem preço!!
Provei licor de limão, mel de engenho, cajá, banana e jenipapo. Cachaça de barril de frejó, de umburna e de carvalho, e ainda a cachaça Premium. E pra completar o ciclo, provei caldo de cana também!!
E saí inteirinha ... rsrsrsrs
 Artesanato. Nada se perde.
Por onde se anda só se vê canavial!!



Pelas estradas, os caminhões chegando e saindo com as canas.



Engenho Poço Comprido

Foi tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1962. Engenho se caracteriza pelo conjunto de casa grande, capela, senzala e moita.
O Engenho Poço Comprido tem um corredor que liga a casa grande à capela. Assim o senhor do engenho e sua família não passavam pelos escravos.
Os escravos domésticos, aqueles que trabalhavam direto na casa grande, também assistiam à missa. Mas separados do senhor de engenho e sua família.








O quarto mais ao fundo da casa era destinado as filhas.
Repare na altura do telhado!!









Estes são os atuais moradores!! Morcegos!! Foi uma "revoada" de morcegos!!
Capela São João Batista



Área do engenho. Onde era fabricado o açúcar.

Sala de purgar. Onde se colocava o açúcar nesta fôrma, virava e deixava pingando até secar.


Dentro da chaminé
Telhado incrível!!
Voce sabia??
... que estas telhas foram feitas nas coxas dos escravos?? Elas eram usadas como fôrmas.





Hoje em dia a casa grande é usada para exposições e as áreas do engenho para apresentação de maracatu, capoeira, roda de coco. Funciona aqui um espaço cultural.


Depois da Trilha dos Engenhos, almoçamos no centro de Vicência e de lá dava pra observar o próximo destinho: a rampa de vôo livre situado no Engenho Jundiá.


Que tal um zoom pra saber o que está acontecendo por lá??

E é pra lá que a gente vai, Pico do Jundiá.
São 450 metro de altitude a nivel do mar. Trilha pela Serra dos Mascarenhas.




Mas infelizmente teve um desencontro nosso com a asa delta!! Enquanto a gente seguia o caminho, os vôos já estavam sendo realizados ...

... a gente errou o caminho ...





... e o máximo de contato que eu tive com a asa delta, foi no caminho!! Enquanto a gente estava subindo a serra de carro, estas já tinham pousado e mais 3 estava sobrevoando, mas foi impossível fotografar com zoom com o carro sacolejando!






Pico do Jundiá
Capela Nossa Senhora da Conceição
Repare na largura da igreja!!
























Rampas para vôo livre


Quando eu estava lá embaixo, as asas deltas estavam aqui em cima, agora que estou aqui, elas estão se desarmando lá embaixo!!


Engenho Jundiá

É claro, é certo, é óbvio que volto aqui pra ver, e qum sabe, voar de asa delta!!


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2 comentários:

  1. Gostei do Blog, principalmente da area das rampas a qual vc destaca o voo livre, sou piloto de asa delta e meu instrutor realiza o voo duplo tudo na maior segurança e com equipamentos inspecionados!
    Vc realmente precisa voltar a Vicência!
    Todos os domingos está sendo realizado a Pratiuca do Voo livre...
    Abraços, Fabiano e qualquer duvida é só falar 081-9829-7746

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  2. Fabiano,
    Que bom!! A gente tava doida pra saber mais informações sobre os vôos.
    Eu e meus amigos somos aventureiros e está faltando a asa delata no nosso curriculum!!! rsrsrs
    Vou te ligar pra mais informações e marcar, quem sabe, um vôo!!!
    Abraços,
    Adriana Ávila.

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